quarta-feira, 30 de julho de 2008

Tela "Bandeira"


Renata Maranhão e Muráh / Japão Brasil Parade 2008



André Muráh

André Murah
Novo artista e mais arte em FlorianópolisNossa cidade está de parabéns.O artista André Murah teve sua arte reconhecida por premiação referente a obra sobre o centenário da imigração japonesa.André é um pintor que está lançando novos padrões de arte. Depois de uma larga experiência como administrador e empresário, dedica-se à arte com o mesmo afinco que caracterizou sua carreira empresarial.Ele nos surpreende com suas inovações, com a beleza de suas telas e painéis, com seu estilo leve e vanguardista e com suas cores alegres e contagiantes.Agora, presenteia nossa Capital com um Projeto que visa levar, pela arte, integração e inclusão social, compartilhando suas cores com áreas plenas de gente, cheias de vida, mas vazias de atenção e solidariedade.André vai construir uma ponte, vai integrar o maciço com um viaduto/arco-iris, vai colorir uma estrada, vai lançar uma passarela, atravessar o aterro, cruzar a Mauro Ramos e colocar uma lupa no morro, para que todos vejam o colorido. Como diz o Padre Vilson Groh, vai ajudar a lançar um novo olhar sobre os labirintos da cidade, sobre a cidade que esconde ( e se esconde)labirintos, pessoas e beleza.As cores tornarão a cidade mais visível, mais próxima e, quem sabe, mais consciente.Consciente de si mesma, de sua gente, de seu presente, de seu futuro.Parabéns André Murah, as tuas cores, com tanto amor e sonho, com tanta leveza e esperança, com certeza, trarão o risco de contaminar mais pessoas com a inquietação, de espalhar solidariedade, com os pincéis, e de fazer com que todos vejam a todos, independente, e principalmente, por suas diferentes cores.
Postado por Danilo cunha às 22:07 1 comentários

Jornal Diário Catarinense / Capa do Caderno Variedades.

Artes Plásticas

Sempre em busca do sim
Traços que iluminam de André Muráh

André Muráh é uma figura ímpar. Bem-humorado e cheio de idéias, deu uma grande virada em sua vida.Há mais de uma década, por conta das insalubridades de São Paulo, deixou a capital paulista e veio para Florianópolis.Do gerente de vendas de um grande hotel paulistano, que usava gravata e vivia sobre pressão, sobrou um artista que anda serelepe pelas ruas da Ilha sempre em busca de descobertas. E olha que não são poucas. Sua filosofia de vida é para lá de simples.- Não tenho medo de ouvir um não, pois já é certo. Eu vou em busca do sim.Pode ser fácil falar mas, com certeza, difícil de executar. Acima de tudo porque é preciso coragem e muito desprendimento para praticar a sabedoria.E é assim que ele passa os dias em sua casa, no Porto da Lagoa, um pequeno paraíso que divide com a mulher Vanessa, a filha Maria Luisa, quadros multicoloridos, dois cães e, vez por outra, com mais cinco filhos do casal de uniões anteriores. E claro, muita tinta, cor, pincéis e quadros que iluminam qualquer ambiente.Nesta semana, Muráh, que descobriu-se pintor há cinco anos - como uma espécie de terapia para aplacar a ansiedade - conquistou, em parceria com a jornalista paulistana Renata Maranhão, o Japão-Parade Brasil, um concurso nacional cujo desafio era deixar sua marca num boneco - que representava um bebê japonês com 1m80cm de altura. Para o concurso 25 celebridades foram convidadas a estampar os totens que estão expostos em pontos estratégicos de São Paulo. Mas foi o trabalho do carioca Muráh e de Renata Maranhão que conquistou o olhar dos jurados. E nem poderia ser diferente. Muráh e Renata contaram a história de imigração combinando elementos.Mosaico no MocotóNa base, a pintura simboliza o Brasil acolhendo os imigrantes japoneses por meio da travessia dos oceanos. O resultado é a mescla entre a cultura dos povos que está representada na roupa do boneco. A figura do bebê indica que apesar da imigração já completar 100 anos, tudo não passa de um começo, tendo muito ainda para crescer até que se torne um adulto. A flor vermelha e branca no lado esquerdo do peito do boneco, caracteriza o sentimento de amor, que os descendentes japoneses tem pelo país de origem de seus pais e avós.Muráh pode ter largado os apetrechos de executivo, mas sua vocação por vendas nunca. Como descobriu a pintura por acaso e sentiu na pela seus benefícios gosta de passar a experiência adiante.- Nas convenções de grandes empresas levo telas, pincéis e tintas e peço para os participantes pintarem. Minha idéia é sempre desengessar a pessoa. Monto um grande mural e depois cada um leva sua tela como recordação - conta.Agora seu foco está no projeto Cidade Visível, uma idéia ousada que pretende transformar o Morro do Mocotó, na Capital, num grande mosaico que, além de embelezar ainda mais a cidade, poderá se transformar numa alternativa de vida para a garotada, à mercê do tráfico de drogas.- Este projeto não é só meu. Ele foi construído a partir da troca de idéias com o professor Marco Chaga, o consultor Maurício Manhães e o publicitário Henrique Berg - observa.A proposta do Cidade Visível é simples e sua execução pode gerar um bom retorno social. Imagine-se na Ponte Pedro Ivo. Ao longe, avista-se uma série de casas, no Morro do Mocotó. A idéia é pintar as casas de modo que formem um grande mosaico. Paralelo a isso, o artista empreendedor planeja desenvolver oficinas que poderão ensinar pintura e outras atividades que a comunidade tenha interesse em realizar.( jacqueline.iensen@diario.com.br )JACQUELINE IENSEN